quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Porque um dia li, e me identifiquei...

' Gosto do teu ar, do teu olhar, da tua forma de andar, das tuas mãos guardadas nas minhas, gosto de te cheirar, de te sentir, de me calar para te ouvir, de me deitar ao teu lado para dormir e depois acordar e em cada dia começar outra vez a sonhar.
Gosto da tua boca certa e do teu cabelo farto, da tua voz cantada e aconchegante, dos teus beijos longos , dos teu abraços infinitos, das tuas piadas e risadas, dos teus braços à volta dos meus, as duas cabeças encostadas, os ombros em paralelo, as pernas dobradas e os pés juntos, gosto do teu hálito fresco e do teu sorriso aberto, da tua cabeça arejada e do teu olhar mais secreto, gosto de te ver junto ao meu peito a contar as batidas do meu coração, de sentir que estás perto e que sempre estarás, que vives cá dentro e mesmo na ausência, quando só te vejo com os olhos fechados e as mãos juntas em concha,sei que és perfeito, sei que voltarás, sei que estás quase a chegar, que cada minuto que passa é só mais uma etapa na minha espera, por isso espero calada e feliz, e nas letras que transformo em palavras imagino a cor e o sabor deste amor, deixo-me levar, crescem-me asas e de repente desato a voar, a voar, a voar...
Cada momento que te vejo mais próximo é eterno e irrepetível, cada momento é nosso e só nosso e quando me apertas outra vez nos teus braços e me dizes baixinho quero-te, quero-te, quero-te só me apetece rir e chorar, só quero ter outra vez cinco anos para lamber gelados até ficar com bigodes brancos, apanhar laranjas das árvores e sorvê-las com as mãos a escorrer, rebolar-me num campo de campainhas amarelas, apanhar margaridas e pô-las no cabelo, subir a uma árvore e construir uma cabana e depois esconder-me lá dentro contigo, só tu e eu debaixo do mesmo tecto, do mesmo segredo, do mesmo sonho, do mesmo projecto.
Gosto de te ver rir e a brincar, gosto do teu cheiro e do teu olhar, gosto de te ter sempre perto e de sentir que tudo está certo, de saber que vale a pena acreditar que um dia a paz acaba sempre por chegar, que não há esperas vãs nem dias perdidos, que todas as noites são de lua cheia e todas as manhãs estão cheias de ti, meu amor, quero-te, quero-te, quero-te...
Por isso abre as mãos e o peito, deixa-me ficar para sempre lá dentro, guarda-me em ti e espera sem esperar a cada dia que passar, que este meu amor imenso doce e intemporal resista ao tempo, ao medo, ao mundo, a tudo e não precise de mais nada a não ser de TI, tu que és princípio e fim, que estás no meio de tudo, que atravessas a vida de mão dada comigo, tu de quem eu gosto, gosto, gosto... ´

As Crónicas da Margarida, Margarida Rebelo Pinto


Simplesmente adoro este texto. E revejo-me nele muitas e muitas vezes...

1 comentário:

EsTriga disse...

É simplesmente...lindo. ;)